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Como o Novo Enem deve modificar os paradigmas e a estrutura do ensino básico?

09 de fevereiro de 2022

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Como o Novo Enem deve modificar os paradigmas e a estrutura do ensino básico?

Gestores de unidades de educação básica trabalham sob amplos desafios no que se refere às constantes mudanças estabelecidas por novas legislações e novos paradigmas pedagógicos e estruturais. Esse é o caso, por exemplo, do Novo Enem.

Entre esses desafios, talvez o maior seja pensar que nem toda mudança de concepção pedagógica (como é o caso do Novo Enem, que passa a ser construído a partir do Novo Ensino Médio) é profundamente debatida com profissionais da educação, estados, municípios e outras instâncias a ponto de preparar a escola para transformar sua prática a partir dessas modificações.

Leia também:
+ Como funciona o Enem Digital?
+ O que esperar do Novo Ensino Médio em 2022?

O que nos cabe, então, como educadores e gestores, é estudar as novas legislações e concepções teóricas, pedagógicas e políticas que estão por trás das implementações, de forma a adequar a práxis do ensino básico à realidade que os estudantes encontrarão pela frente. 

O Novo Ensino Médio

O Novo Ensino Médio foi estabelecido pela Lei 13415, do ano de 2017, que prevê alterações importantes para instituições escolares e órgãos gestores da Educação.

Apesar de trazer uma rica modificação legal e de paradigmas para a educação básica, o foco principal do Novo Ensino Médio é a busca pela alteração do currículo único. Sobre esse aspecto, pesquisadores e legisladores concordam que as demandas da sociedade atual estão longe de ser atendidas por meio de um só currículo, padronizado para todos os estudantes, escolas e localidades.

Podemos apontar que o Novo Ensino Médio foi promulgado com base em quatro pontos principais. São eles:

  • diversificação do currículo conforme escolha do estudante;
  • articulação com o mundo do trabalho;
  • formação integral do estudante;
  • formação em tempo integral.

Novo Enem e desafios para a educação básica

As modificações legais, pedagógicas e educacionais trazidas pelo Novo Ensino Médio influenciam potencialmente o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que, além de avaliar o Ensino Médio, possui a importantíssima função de garantir acesso à universidade.

Não é viável, portanto, que o Novo Enem siga construído sob a forma curricular única e padronizada que se tinha anteriormente, porque isso limita as modificações a serem feitas no Ensino Médio. É nesse ponto que podemos afirmar que o Enem e Novo Ensino Médio se influenciam mutuamente na prática escolar da atualidade.

A própria legislação que trata do Novo Ensino Médio previu essas alterações quando, na Lei 13415, deixou claro que o Enem deve considerar a BNCC ao ser elaborado. Também a Resolução 03 do Conselho Nacional de Educação de 2018 prevê que tanto o Enem quanto os vestibulares deverão ser formados por duas etapas.

O cronograma do governo federal para as mudanças no Enem prevê que ele seja modificado em etapas que se iniciaram no ano de 2021 e deverão ser concluídas no ano de 2024. O ano letivo de 2022, contudo, é o que deverá sofrer maiores modificações até a finalização do novo exame.

Os alunos que, atualmente cursam o Primeiro Ano do Ensino Médio serão os primeiros que farão a prova do Enem já modificada. Caberá às escolas, portanto, irem se adequando à medida em que novas diretrizes forem sendo divulgadas para a Rede de Educação Básica.

De forma resumida, o cronograma para o Novo Enem define os seguintes pontos:

  • Em 2021, as matrizes de avaliação segundo as quatro áreas de conhecimento que já constam da prova atual deverão ser revistas e atualizadas para a primeira prova, a de conhecimentos comuns, segundo a BNCC.
  • Ainda em 2021, aos itinerários formativos, que são as construções pedagógicas do Novo Ensino Médio por área de interesse, deverão ser introduzidas também em matrizes de avaliação.
  • Em 2022 as matrizes de avaliação, tanto do conteúdo básico comum quanto dos itinerários, deverão ser validadas pedagogicamente, além de uma prova preliminar, que será construída em formato do Novo Enem. A publicação da portaria do Ministério da Educação sobre o Novo Enem também deverá ser feita neste ano.
  • No ano de 2024 o Novo Exame Nacional do Ensino Médio, em consonância com o Novo Ensino Médio e com a BNCC, deverá ser aplicado em todo o território nacional.

Pensando no cronograma proposto e no que deverá ser modificado, podemos elencar alguns pontos de extrema importância para as escolas de ensino básico, já a partir de 2022, para que estudantes se preparem para as modificações no Exame.

Preparo dos estudantes para a primeira fase do Novo Enem

A ideia da maioria dos especialistas é que a fase 1 do Enem seja novamente parecida com as provas aplicadas até o ano de 2009, com foco maior em avaliar as competências e habilidades que agora estão na BNCC.

A escola poderá retomar essas provas para pensar parte de sua grade curricular e realizar simulados com os estudantes que farão o Novo Enem, ou seja, quem, no ano de 2022, está no 1º ano do Ensino Médio.

Leia também:
+ Como melhorar a performance da sua escola ou cursinho no Enem
+ Os simulados realmente aumentam o desempenho dos estudantes?

Segunda fase do Enem – os itinerários formativos

Sobre os itinerários formativos que deverão constar nas matrizes de avaliação na Fase 2 do Enem, sabe-se que eles também são os guias das áreas de interesse e escolha dos estudantes no Novo Ensino Médio e ainda não estão totalmente implementados nas escolas brasileiras.

Esse é o maior desafio para as escolas de ensino básico e também a maior mudança que ocorrerá no Enem, já que os itinerários precisam considerar também a formação profissional dos estudantes. 

Para se aprofundar na leitura sobre o assunto, leia também este texto do Blog Poliedro!

Estudiosos do Enem e pesquisadores da educação apontam que as áreas integradas deverão se aproximar das quatro seguintes:

  • Estudantes que pretendem cursar Engenharias, Matemática, Física e outras carreiras ligadas às tecnologias, uma área que abarque as Ciências Exatas e Tecnologias.
  • Estudantes que pretendem seguir a carreira acadêmica na área de Humanidades, em cursos como Pedagogia, Filosofia, Geografia, História, Literatura e Artes.
  • Área ligada às Ciências Sociais e suas aplicações, como Economia, Sociologia, Administração Pública e de Empresas, Direito, Contabilidade.
  • Ciências biológicas e Área da Saúde para estudantes que pretendem acessar o Ensino Superior em Biologia, Medicina, Enfermagem ou Meio Ambiente.

Provas diversificadas e digitais

Por último, existe uma grande possibilidade de que as provas passem a ser aplicadas em formato digital, por isso a escola poderá inserir avaliações nesse formato para que os estudantes se utilizem de tecnologias no processo de avaliação de forma rotineira.

A possibilidade de optar pela avaliação também é uma maneira eficaz para que a escola vá se adequando à nova realidade trazida pelo Novo Enem e pelo Novo Ensino Médio simultaneamente. é possível que o estudante faça uma prova de avaliação geral e outra escolhendo a área, já como se fosse os itinerários da fase B e pensando no curso que deseja fazer no Ensino Superior.

Abrir os canais de diálogo com toda a comunidade escolar será fundamental para as escolas, agora mais do que nunca. Conscientizar todos sobre as mudanças que serão implementadas, o que já está direcionado e o que ainda está para ser decidido, quais as possibilidades e os possíveis apontamentos são formas de confortar e deixar estudantes, pais e profissionais mais seguros de que a escola se preocupa com a qualidade do ensino oferecido!

Última atualizações sobre o Enem 2024

No início de abril de 2024, o governo federal brasileiro anunciou a suspensão da portaria 521 de 13 de julho de 2021, a qual previa o calendário referente ao cronograma de implementação do Novo Ensino Médio. A decisão, válida por 60 dias, afeta principalmente os prazos estabelecidos anteriormente que previam previsões em avaliações, como o Enem.

Caso calendário se mantiver suspenso mesmo após conclusão das discussões sobre o tema, as provas não seriam mais modificadas em 2024, como previsto inicialmente. Assim, o Enem não precisaria mais seguir as diretrizes do Novo Ensino Médio e continuaria no formato atual (uma prova igual para todo mundo, cobrando todas as disciplinas).

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