Not support Recaptcha
Pular navegação

Práticas Pedagógicas

Entenda a lei do uso de aparelhos eletrônicos em sala de aula

Publicado em 04 de fevereiro de 2025

Compartilhe

lei do uso de aparelhos eletrônicos

Com a nova lei do uso de aparelhos eletrônicos, estamos voltando ao tempo ou precisamos imprimir uma nova relação com esses dispositivos no contexto educacional?

Recentemente, em 13 de janeiro de 2025, foi sancionada uma lei pelo presidente da República que regula o uso de aparelhos eletrônicos portáteis pessoais por estudantes em escolas públicas e privadas da Educação Básica, visando proteger a saúde mental, física e psíquica de crianças e adolescentes na busca por um ambiente educacional mais saudável e equilibrado. Quatro principais aspectos da Lei 15.100/2025 chamam a atenção:

1. Proibição: O uso de aparelhos eletrônicos pessoais é proibido durante aulas, recreios e intervalos para toda a Educação Básica.

2. Exceção: Fica permitido o uso de dispositivos quando utilizado para atividades pedagógicas sob a orientação de educadores ou para garantir acessibilidade, inclusão, condições de saúde, direitos fundamentais e em situações de perigo, necessidade ou caso de força maior.

3. Estratégia educacional: As redes de ensino e escolas deverão desenvolver estratégias para abordar a saúde mental dos estudantes, promovendo treinamentos sobre os riscos, sinais e prevenção de sofrimento pelo uso imoderado de dispositivos eletrônicos.

4. Espaços de acolhimento: Estabelecimentos de ensino deverão disponibilizar espaços para escuta e acolhimento de estudantes e funcionários que apresentem sofrimento psíquico, especialmente relacionado ao uso excessivo de telas.

Embora a lei traga uma importante diretriz para a redução do uso imoderado de dispositivos, é evidente que a proibição, por si só, não resolve o problema central: a falta de conhecimento sobre o uso consciente da tecnologia e o exercício intencionalmente pedagógico das ferramentas na escola. A utilização inadequada de aparelhos eletrônicos sem fins pedagógicos compromete o aprendizado e o desenvolvimento cognitivo, social, emocional e físico dos estudantes. Em muitos casos, momentos que deveriam ser de interação e socialização se transformam em experiências solitárias e empobrecidas — como tem acontecido em momentos de intervalo, por exemplo —, ainda que por vezes estejam em contato com outras pessoas virtualmente em relações desconhecidas, duvidosas ou prejudiciais.

Vale destacar que fica permitido o uso para fins pedagógicos ou didáticos, conforme orientação dos profissionais de educação. E a chave está aí: no uso eficaz, intencional e consciente da tecnologia. Não se trata de “voltar ao tempo”, mas de usar a tecnologia a serviço e a favor da aprendizagem, e não como um obstáculo a ela.

Assim, é importante a capacitação de toda a comunidade escolar acerca do tema para melhor compreensão sobre como, quando e por que utilizar dispositivos de forma responsável. A importância está em combater o vício e o uso inadequado e transformar esses dispositivos, de fato, em aliados do aprendizado. A discussão deve se estender às famílias dos estudantes para que, para além da escola, a utilização dos celulares e de outras tecnologias seja consciente também em outros contextos.

Possibilidades para a aplicação de celulares ou dispositivos eletrônicos

1. Organização e planejamento

  • Ensine os alunos a utilizar aplicativos de agenda e planejamento para organizar suas tarefas e projetos escolares.
  • Incentive a utilização de notas e lembretes digitais para acompanhar prazos e conteúdos importantes.

O P+ App, plataforma do Poliedro para a gestão do ecossistema educacional digital, funciona como gerenciador de atividades, ajudando os alunos na organização de tarefas e compromissos. Na sua agenda é possível organizar desde provas futuras até planejamento de estudos.

 

2. Aplicativos educacionais

  • Utilize apps específicos para aprendizagem, como simuladores, dicionários, calculadoras científicas e plataformas de quizzes interativos.
  • Reforce o conteúdo com jogos educativos que envolvam Matemática, Linguagens ou outros componentes curriculares.

Por meio do P+ App, as Escolas Associadas podem usufruir do CatLearning, por exemplo — plataforma gamificada que ajuda no aprendizado e reforço da Matemática básica para o Fundamental, transformando o aprendizado em uma experiência divertida e engajante.

 

3. Pesquisa e exploração

  • Incentive os alunos a realizarem pesquisas rápidas sobre temas discutidos em sala de aula, promovendo o desenvolvimento de habilidades de busca e análise crítica.
  • Use o celular para acessar materiais complementares, como vídeos, artigos e imagens que aprofundem temas e conteúdos que estão sendo explorados.

O Ambiente Virtual de Aprendizagem do Poliedro (AVA) ou P+ conteúdo trazem, através de filtros simples e bem direcionados, um material complementar de estudos para os alunos por meio de vídeos, trilhas de aprendizado, material de apoio e imagens, muito ao encontro da determinação do governo.

 

4. Ferramentas de colaboração

  • Use aplicativos de colaboração, como Google Docs, Miro ou Padlet, para que os alunos trabalhem juntos em projetos ou tarefas.
  • Promova a criação de mapas mentais coletivos ou brainstormings digitais durante a aula.

Como complemento dessas ações, o Poliedro, por meio do AVA ou de Tarefas e Recados, oferece fóruns para a discussão em conjunto, criados diretamente pela escola, ajudando na mediação dos temas trabalhados.

 

5. Inclusão digital

  • Use o celular para atender às necessidades de alunos com deficiência, como leitores de tela para deficientes visuais ou tradutores de língua de sinais.
  • Promova a inclusão digital pelo uso de ferramentas que facilitem o aprendizado de todos os alunos.

No Poliedro, em nosso Livro Digital, temos um painel de acessibilidade que ajusta o conteúdo de acordo com a neurodivergência do aluno, adaptando o material para um uso mais confortável e produtivo.

Para um aluno com TDAH, por exemplo, conseguimos formatar as fontes, bloquear as animações e ativar uma máscara de leitura, criando o hiperfoco. Com isso, evitamos distrações e garantimos uma absorção maior do conteúdo.

Leia também: 

Qual é o papel da escola na inclusão?
Educação inclusiva na prática: importância e dicas para a sua escola

 

6. Feedback e avaliação

  • Use ferramentas de feedback instantâneo, como Kahoot ou Mentimeter, para avaliar o entendimento dos alunos em tempo real. Aplique questionários interativos que ajudem a identificar pontos fortes e oportunidades de melhoria no aprendizado.

No Poliedro, por meio de plataformas avaliativas ou tarefas, os alunos conseguem acessar seu painel de desempenho, acertos, erros e um plano de ação para melhorar o seu aprendizado. Dentre as ferramentas do Poliedro, existe o Ciclo Avaliativo, plataforma diagnóstica que avalia a proficiência dos alunos ao final de um capítulo apresentado pelo professor e que consegue validar o plano de recuperação no ponto exato da matéria. Outro produto é o Passar Tarefas, presente no Livro Digital, que valida a qualquer momento e por meio da gestão do professor o conhecimento dos alunos na parte específica da matéria. Esses são exemplos de feedbacks estruturados nesse ecossistema educacional que ajudam os alunos no seu desenvolvimento.

Essas práticas ajudam a integrar a tecnologia de forma produtiva e intencional no ambiente educacional, tornando as aulas mais interativas e envolventes.

 

Como as escolas podem se preparar?

Independentemente da decisão da escola sobre o uso ou não de aparelhos eletrônicos para fins pedagógicos como permitido pela lei, é fundamental que as escolas busquem:

1. Estabelecer combinados claros com os professores, os alunos e os familiares sobre a medida e orientar a posição da escola em relação à proibição.

2. Dedicar um espaço na sala de aula para que os aparelhos fiquem guardados até que os estudantes precisem manuseá-los sob orientação dos professores ou que possam recolhê-los e levá-los de volta para casa.

3. Indicar claramente em quais situações de emergência o aparelho poderá ser utilizado.

4. Propor rodas de conversa com os estudantes, colaboradores e a comunidade escolar para discutir o tema e confirmarem ou refutarem juntos as decisões da escola sobre dispositivos.

5. Convidar especialistas no tema para diálogos com colaboradores e familiares, a fim de obter orientação sobre o uso consciente de dispositivos para também fora do ambiente escolar.

Leia também: 

Uso do celular em sala de aula: reflexões e práticas
Como controlar e dosar o tempo de tela


  • Para ler a lei 15.100/2025 na íntegra, acesse este link.
  • Em caso de dúvidas ou se quiser compartilhar a decisão da sua escola, procure nossa equipe de consultoria e/ou especialistas pedagógicos.
  • Para falar com um dos nossos especialistas comerciais sobre as soluções do Poliedro Sistema de Ensino, acesse este link.

Tags

  • Gestão Escolar

Siga o Sistema Poliedro
nas redes sociais.


O que podemos fazer
pelo seu futuro?

Fale com um especialista

Confira outras matérias

Assine nossa newsletter