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Educação Infantil

Entenda as fases do desenvolvimento infantil

08 de junho de 2022

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  • Educação Infantil
  • Práticas Pedagógicas

Entenda as fases do desenvolvimento infantil

Estudiosos do desenvolvimento infantil elaboraram teorias complexas sobre as fases pelas quais a criança passa até chegar à vida adulta, bem como as características de cada uma e sua relação com o aprendizado.

Os nomes mais conhecidos e utilizados como referência no âmbito da educação, quando são abordadas as fases do desenvolvimento infantil, são, certamente, Freud, Piaget e Vygotsky.

Conhecer as fases do desenvolvimento infantil é essencial para professores e gestores escolares, pois elas são consideradas ponto de partida para a elaboração de uma proposta pedagógica.  Leia o texto que preparamos para entender melhor sobre o que esperar das crianças e dos adolescentes durante cada etapas.

Por que é importante acompanhar o desenvolvimento infantil?

Quando pensamos em fases do desenvolvimento, estamos referindo-nos a estágios comuns para todas as crianças, sob determinados aspectos, embora existam especificidades que dependem de muitos outros fatores.

A psicologia da infância é uma forma de conhecimento relativamente nova, porém muito tem contribuído para o âmbito da Educação, e é a partir dela que podemos compreender a infância sob o olhar de outros aspectos, além do físico. 

Dessa forma, crescer não envolve apenas o crescimento do corpo, mas sim a relação da criança com seu próprio corpo e com o componente afetivo e social. Essa relação foi objeto de estudo de Freud, assim como o desenvolvimento cognitivo foi foco dos estudos de Jean Piaget.

Aliados a outras dimensões da psicologia da infância, pensar no desenvolvimento infantil é compreender as etapas pelas quais as crianças vivenciam. Portanto, é necessário elaborar o planejamento pedagógico considerando foco cognitivo, a capacidade corporal e o que as crianças precisam desenvolver na faixa etária em que se encontram.

Desenvolvimento Infantil Diversificado

Já sabemos que o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes passa por diversas etapas caracterizadas como Fases do Desenvolvimento. É válido considerar que existem muitas dimensões do desenvolvimento.

Para elaborar planejamentos pedagógicos e propostas de acordo com as fases da Educação Infantil, é preciso compreender os diferentes aspectos exigidos pela BNCC, que estão para além das tradicionais atividades que visam apenas o crescimento do corpo. 

A seguir, acompanhe cada uma dessas dimensões e suas relações com a escola.

Desenvolvimento Físico

O corpo da criança cresce e se desenvolve também no ambiente escolar, já que é neste espaço que elas passam a maior parte do seu dia. 

Ao considerar o desenvolvimento como um aspecto físico, a escola permite que a sua proposta pedagógica esteja voltada para cada etapa do desenvolvimento. 

A criança que está desenvolvendo sua coordenação motora, seu movimento de andar, precisa de espaço para dar os primeiros passos em segurança; sua fala também precisa ser desenvolvida com base em atividades elaboradas para este fim.

Desenvolvimento Social

O desenvolvimento social da criança está totalmente articulado com sua construção de conhecimento. Essa é uma das teorias mais utilizadas no âmbito da educação, e foi elaborada por um dos maiores teóricos da área, Lev Vygotsky.

Vygotsky desenvolveu a teoria sociointeracionista, a qual define o desenvolvimento infantil a partir da convivência social e da interação com os pares. Assim, os saberes, sobretudo, a linguagem, são melhores apreendidos se considerarmos a convivência infantil e dos adolescentes no ambiente escolar.

A proposta do desenvolvimento a partir do olhar sociointeracionista possui ainda estreita relação com o uso dos diversos gêneros textuais em situações sociais diferenciadas, que é um dos pontos elencados pela BNCC para a alfabetização, além de situações-problemas envolvendo números, cálculos e gráficos diversos.

Desenvolvimento Afetivo

O desenvolvimento afetivo é um dos aspectos mais estudados pela psicologia da infância e foi foco da obra de Freud, se tornando fundamental para o desenvolvimento da proposta pedagógica nas instituições escolares.

Por intermédio do conhecimento das fases do desenvolvimento, segundo Freud, a escola pode compreender melhor as fases afetivas da criança. 

Nos primeiros anos de vida, entre 1 e 5 anos, a criança apresenta dificuldade em compartilhar brinquedos e, aos poucos, com o apoio de atividades coletivas ela consegue compartilhar e compreender as regras sociais.

Além disso, conhecer e entender o desenvolvimento afetivo é essencial para  saber como lidar com a agressividade, a indisciplina, a hipersensibilidade, o bullying e outras situações comuns à escola e que se tornam verdadeiros desafios para os educadores.

Desenvolvimento Cognitivo

O desenvolvimento cognitivo é o ponto do desenvolvimento infantil mais trabalhado pela escola. Considerando sempre outros fatores envolvidos no crescimento, a cognição é o aspecto fundamental para a vida escolar infantil, por isso, as etapas pesquisadas e conceituadas por Piaget são muito importantes para a construção da proposta pedagógica.

Segundo o biólogo suíço, existem quatro etapas do desenvolvimento cognitivo da criança. Essas fases se tornaram o cerne da teoria construtivista, muito utilizada na elaboração de propostas pedagógicas, sobretudo no campo da Matemática e das Ciências Exatas, mas que também conta com contribuições muito importantes para a escrita e a leitura.

1ª Fase: Sensório-motor.

O período sensório-motor vai do nascimento da criança até os dois anos de vida, aproximadamente. É nessa fase que a criança desenvolve reflexos e controla-os, também se inicia o controle motor. Também é a fase que precede a fala das crianças, e é de extrema importância para o desenvolvimento cognitivo delas, já que o mundo físico começa a ser percebido por elas nessa etapa. 

2ª Fase: Pré-operatório.

Começa, aproximadamente, aos dois anos de idade e vai até os sete. É nopré-operatório que a criança inicia e conclui seu desenvolvimento verbal, por isso começa a usar símbolos para se expressar.

Muito conhecido pelo egocentrismo. Nesse período, a criança se sente o centro das atenções, apresenta dificuldades em dividir brinquedos e somente considera sua própria visão para compreender o mundo.

Piaget considerava muito importante que, a partir dos quatro anos de idade, fosse mostrado para a criança outros pontos de vista e outras formas de ver o mundo diferentes da dela, para que assim ela pudesse ampliar seu desenvolvimento cognitivo.

3ª Fase: Operações concretas

Dos sete aos doze anos a criança já é capaz de compreender conceitos.

É nessa fase, da educação matemática, que os estudantes precisam da oferta de materiais concretos para compreender conceitos sobre as operações matemáticas, como divisões com figurinhas e uso de material dourado, para apreender o uso das ordens e das classes numéricas.

A escola precisa conceber que a criança, durante essa fase, ainda possui dificuldade em assimilar conceitos abstratos. Por isso, o trabalho precisa partir e estar ligado ao universo conhecido e apresentado pela escola à criança.

4ª Fase: Operações formais

Inicia-se próximo aos doze anos de idade e é considerada a última fase da teoria piagetiana.

A principal característica desse período é o desenvolvimento da autonomia da criança, quando ela começa a ser capaz de pensar a partir de abstrações. Essa capacidade faz completa diferença no aprendizado matemático.

Além da Matemática, o Construtivismo piagetiano foi também aplicado por estudiosos, como a teórica psicolinguística argentina Emília Ferreiro, em outras áreas do desenvolvimento (a linguagem), considerando a dimensão simbólica que a língua possui.

O mais importante sobre essas fases, tanto as estudadas por Freud, quanto as por Piaget, é que elas não devem ser consideradas como aspectos para limitar as crianças, mas sim para educadores compreenderem o que deve esperar das crianças e como elaborar planejamentos pedagógicos condizentes com as possibilidades reais de cada etapa.

Como a escola deve impulsionar o desenvolvimento em cada fase

É muito importante que o material didático e o espaço da escola sejam adequados ao desenvolvimento infantil de acordo com as fases, considerando o que a criança necessita aprender e ter acesso naquele momento.

As fases do desenvolvimento não são limitantes. Não é porque uma criança ainda está desenvolvendo a linguagem, que o ambiente escolar não deverá ser letrado. Ao contrário, a exposição às letras insere crianças de qualquer idade no mundo da escrita.

Não é ideal, no entanto, que haja desencontro entre o que a criança já consegue compreender e a proposta pedagógica. Uma criança que consegue decifrar sílabas, mas ainda não desenvolveu a oralidade, noção de espaço e não compreende o básico sobre o uso da linguagem, certamente fará apenas uso mecânico da leitura, sem a sua compreensão, deixando de lado aspectos importantíssimos para seu desenvolvimento.

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