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O processo de avaliação dos itinerários formativos no Novo Ensino Médio

23 de fevereiro de 2022

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  • ensino
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O processo de avaliação dos itinerários formativos no Novo Ensino Médio

Desde que foram anunciadas as diversas mudanças que resultaram no Novo Ensino Médio, muitas dúvidas passaram a fazer parte do cotidiano dos gestores, que estão se deparando com o desafio de preparar suas escolas para o novo formato.

Uma das modificações que mais têm gerado dúvidas são os itinerários formativos e como avaliar os estudantes a partir desse segmento da grade curricular. 

Para saber mais sobre avaliação dos alunos nos itinerários formativos do Novo Ensino Médio, acompanhe nosso artigo e tire suas dúvidas!

Implantação dos itinerários formativos

Em resposta às várias questões que passaram a ser apontadas por educadores e gestores brasileiros, o governo federal, por meio do MEC, passou a considerar os pontos de críticas e estabeleceu, aos poucos, critérios mais precisos sobre como funcionarão os itinerários formativos e as avaliações, além de propor modificações no Enem, que será totalmente reformulado até o ano de 2024.

Os itinerários formativos para o ano de 2022 devem seguir a organização curricular de, ao todo, 400 horas-aulas por ano letivo.

No estado de Minas Gerais, o governo estadual lançou nota de como será feita a organização dos itinerários formativos, que deverão ser compostos de aulas sobre Projeto de Vida, com participação obrigatória dos estudantes e disciplinas eletivas, que serão a parte escolhida pelos estudantes, além de introdução às áreas do conhecimento e preparação para o mundo do trabalho.

Já o estado de São Paulo, que se baseia no Currículo Paulista (documento editado considerando a BNCC, mas também a realidade da educação no estado), lançou o site Novo Ensino Médio de São Paulo, para tornar transparentes à comunidade e aos educadores como as mudanças deverão ocorrer.

Entre as ferramentas, o site oferece vídeos orientativos, textos sobre a organização dos itinerários formativos e outras informações de grande importância para gestores e estudantes.

O Sistema Poliedro também inovou lançando a possibilidade de que seus estudantes façam a opção pelas atividades educativas nas 1200 horas de itinerários que passarão a compor o Novo Ensino Médio.

Por meio de tal iniciativa, essa etapa da Educação Básica deve se tornar muito mais atrativa e conectada com os anseios dos adolescentes.

Para elevar ainda mais a qualidade do ensino oferecido, o Sistema Poliedro baseia seus itinerários formativos em quatro eixos estruturantes, que se guiam por diretrizes pedagógicas sólidas e relacionadas às necessidades de aprendizagem. 

Os eixos são investigação científica, processos criativos, empreendedorismo e mediação e intervenção sociocultural, além de oficinas e projetos derivados desses eixos, que priorizam a participação do estudante na construção do conhecimento.

Como avaliar os itinerários formativos

Diante de tantas mudanças, a avaliação também se tornou uma questão a ser discutida. Como avaliar os estudantes a partir de uma grade tão flexível, que pode ser, inclusive, escolhida por eles próprios, em grande parte, mantendo indicativos de qualidade para a educação?

O primeiro ponto a ser considerado é que, com modificações profundas no Ensino Médio, que apontam para a escolha do estudante e de grades personalizadas, a avaliação também deverá acompanhar essa evolução.

Avaliar significa diagnosticar o andamento do processo de ensino-aprendizagem, retomando os caminhos conforme os resultados e redirecionando sempre que necessário. Cada vez mais, devem ser priorizados os processos de avaliação continuada e processual.

Etapas do processo de avaliação dos itinerários formativos

A parte curricular que mais traz dificuldades são as disciplinas eletivas, exatamente por não serem as mesmas para todos os estudantes e por serem de livre escolha dos alunos.

O Currículo Paulista, que se baseia na avaliação formativa como norteador de seu processo, construiu os passos listados logo a seguir para avaliar os estudantes nos itinerários formativos. Estes podem servir de modelo para a construção da avaliação por parte de outras instituições. Acompanhe a leitura!

Diagnóstico

A avaliação diagnóstica é realizada no início dos processos pedagógicos e pode ser determinada, em sua frequência, de acordo com o currículo da escola. Em geral, é realizada a cada início de trimestre avaliativo e de ano letivo.

Formação

A avaliação formativa é uma das mais importantes em todo o processo, porque permite identificar o andamento do trabalho pedagógico. 

Busca identificar o que já foi produzido e compreendido pelos estudantes e modificar caminhos que sejam necessários para a condução do ensino daquele ponto em diante. 

Somativa

A avaliação somativa é feita ao final do período de aprendizado, bimestre ou trimestre, em forma de pontos. 

O ideal é que vários trabalhos e avaliações realizados pelos estudantes durante o período resultem na soma final da avaliação somativa. Dessa forma, a avaliação não retorna ao modelo de medição tradicional e considera todo o processo de construção de aprendizado do estudante.

Avaliação por engajamento

Como os Itinerários escapam bastante ao processo tradicional de aprendizado e de avaliação, a proposta do estado de São Paulo é que a avaliação seja feita sob medida de engajamento, e não por pontos, como ocorria no sistema tradicional.

Existem três níveis de engajamento que devem ser considerados na avaliação. 

O primeiro é o engajamento total, quando o estudante não somente se apropriou realmente do aprendizado, mas também se envolveu no ensino e auxiliou os colegas nas atividades em grupo.

O engajamento satisfatório é a avaliação concedida ao estudante que se comprometeu de forma parcial com os itinerários formativos e as atividades coletivas, mas obteve um bom resultado ao final do processo. 

Já o engajamento parcial é resultado da avaliação de estudantes que muito pouco ou de maneira insatisfatória trabalharam com os itinerários formativos, mesmo após avaliações periódicas e encaminhamentos pedagógicos pertinentes.

Descrição dos itinerários formativos para Certificados e Relatórios

Ao descrever o percurso do estudante pelos itinerários formativos em certificados de conclusão de Ensino Médio, histórico escolar ou em relatórios pedagógicos, também não haverá resultado em notas.

Os documentos deverão conter a descrição completa do percurso escolar do estudante, assim como seu nível de engajamento nos itinerários formativos. Já a parte de formação básica deverá receber avaliações normalmente.

As unidades curriculares e a carga horária de cada itinerário formativo também deverá estar nos relatórios e histórico escolar. O ideal é que a leitura do documento transmita a totalidade da carga horária e os componentes curriculares do Novo Ensino Médio, assim como o desempenho do estudante.

A etapa de formação profissional precisa ser específica em casos de certificado de profissionalização, que poderá também ser emitida de forma parcial, para estágios e outras comprovações.

As escolas que fizerem parcerias para a formação profissional deverão orientar para que a instituição parceira emita o certificado de capacitação profissional, assim como os relatórios que farão parte do histórico e relatórios gerais do estudante.

Relatórios aprofundados contendo a trajetória escolar

A ideia da produção dos relatórios de aproveitamento escolar, certificados e histórico escolar é que os estudantes também recebam, descritos nesses documentos, a amplitude de formação que se espera para o Novo Ensino Médio.

Assim, quanto mais o documento for detalhado, mais adequado à nova legislação ele estará. É primordial inserir um campo no qual poderão ser registradas as experiências e as participações do estudante em atividades extracurriculares, campeonatos esportivos pela escola e grupos de pesquisas estudantis.

Se você deseja acompanhar outros conteúdos como este, acesse o Blog do Sistema Poliedro e leia informações atualizadas sobre a educação brasileira e seus desafios para gestores e educadores!

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