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Metodologias de Ensino

O que são as metodologias ativas de ensino?

16 de março de 2022

Tags

  • Gestão Escolar
  • Performance
  • Práticas Pedagógicas

O que são as metodologias ativas de ensino?

As metodologias ativas de ensino foram pensadas como forma de tornar o ensino mais horizontal e participativo para os estudantes. Podemos pensar em práticas horizontais como as que buscam colocar o estudante no patamar ativo do saber, sem hierarquizar o professor como detentor exclusivo do conhecimento.

No entanto, muitas práticas que pensamos ser metodologias ativas terminam apenas como variações de práticas tradicionais.

Neste post, você confere no que se baseiam as metodologias ativas de ensino e como implementá-las em sala de aula, fazendo com que os estudantes tenham oportunidade de construir o aprendizado e participar ativamente das aulas.

Por que as metodologias ativas são uma boa alternativa? 

A aprendizagem humana é marcada por formas muito diversificadas que se iniciam logo ao nascer. Aprendemos e ensinamos ao longo da vida e esses processos, na vida cotidiana, costumam se dar a partir do fazer e da relação com outras pessoas.

É vivendo e convivendo em sociedade que entramos em contato com a cultura e podemos aprender o que os seres humanos já desenvolveram de conhecimento ao longo da História.

No entanto, quando buscamos formalizar o ensino e a aprendizagem criando escolas, as práticas relacionais e as críticas quase nunca são consideradas. Um dos motivos é a grande quantidade de crianças a serem educadas, mas o ensino horizontal também tem relação com o período histórico e com a proposta política da escola.

Na prática, parece mais fácil alinhar as cadeiras dos estudantes como expectadores e colocar todo o papel de ensinar ao professor, que detém o conhecimento e o transfere aos estudantes.

No entanto, quanto mais os estudos e as pesquisas sobre resultados da educação avançam, mais conseguimos perceber que esse tipo de ensino não atende às necessidades dos tempos atuais.

Dessa forma, conceituamos metodologias ativas de educação como os processos que são definidos a partir de formas críticas de ensinar e aprender, mas que também são construídas de forma a desenvolver a criatividade e a participação dos estudantes no processo de ensino-aprendizagem.

Como aplicar metodologias ativas de ensino?

Costumamos pensar que as metodologias ativas de ensino são as práticas pedagógicas que objetivam o aprendizado baseado nesses conceitos. No entanto, não é porque determinada escola se utiliza de sala de aula invertida que ela propõe uma metodologia verdadeiramente ativa, por exemplo.

Diferenciar práticas ativas de metodologias ativas é o primeiro passo para modificar a forma de ensino e de aprendizagem na instituição escolar. 

Para aplicar metodologias ativas de ensino, é fundamental que o objetivo da escola seja desenvolver estudantes críticos que possam modificar práticas sociais de desigualdade e estejam dispostos a mudar a própria realidade e a realidade que os cerca.

A partir desse objetivo, podemos, então, pensar nos recursos pedagógicos que serão explorados e propostos para atingir os fins da educação por meio de metodologias ativas.

Quais recursos podemos utilizar para propor metodologias ativas de ensino?

Os recursos a serem aplicados em metodologias ativas de ensino precisam considerar fundamentalmente a interação dos estudantes com os outros e com o professor, além do pensamento crítico e das possibilidades de construção do conhecimento.

Entre os principais, podemos destacar os seguintes recursos:

Técnicas de grupo

As técnicas de grupo estão entre os melhores recursos para desenvolver metodologias ativas, porque a interação faz parte de todo o processo de aprendizado em sala de aula e em espaços alternativos.

No entanto, é preciso pensar que somente colocar os estudantes em grupos não faz com que a metodologia seja realmente ativa se a atividade pedagógica for tradicional. As pesquisas feitas em grupos podem ser uma ótima forma de propor que os estudantes participem ativamente de aprendizados diversos.

O ideal é incentivá-los para que desenvolvam indagações a respeito do que está sendo estudado junto ao grupo e proponham intervenções. São ótimas formas de conduzir o trabalho em disciplinas ligadas ao planeta e à sociedade, mas também são possíveis e não podem ser desprezadas nas mais tradicionais, como Português e Matemática.

Leituras em grupo, análises e construções de textos de gêneros diferenciados, resoluções e construções de situações-problemas são somente alguns dos exemplos de atividades que podem ser desenvolvidas em grupos de estudantes de forma ativa.

Dinâmicas e jogos

As dinâmicas coletivas e os jogos que envolvem os estudantes são excelentes recursos e ainda muito pouco utilizados na educação, sobretudo nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

O ideal é que essas práticas passem a fazer parte mais cotidianamente do ambiente escolar, ao invés de estarem presentes somente em dias especiais. Aprender por meio de jogos é uma excelente forma de colocar o estudante para pensar sobre o conteúdo e desenvolver o conhecimento ativamente.

Jogos que envolvem conceitos de números múltiplos, trilhas de multiplicação, adivinhação de números e jogos de alfabetização fazem a diferença na consolidação dos conceitos básicos da linguagem e dos números.

Propor que os estudantes criem jogos mediados pelo professor é outra forma muito interessante de introduzir metodologias ativas funcionalmente.

Recursos didáticos variados

Utilizar suportes diferenciados em sala de aula, inclusive levando as crianças e os adolescentes para outros espaços também fora de sala, fazem toda a diferença nos resultados das metodologias críticas.

De nada adianta definir objetivos de educação emancipatória e pensar em metodologias ativas se o formato da aula permanece tradicional. Por isso, o uso e a produção com os estudantes de documentários, filmes, músicas, encenações e internet modificam o panorama da escola, do ensino e do aprendizado propostos.

Estar o tempo todo em sala de aula também pode se tornar maçante demais e dificultar a atividade por parte dos estudantes. Precisamos considerar que as crianças e os adolescentes passam ao menos quatro horas por dia, cinco dias por semana, na escola e todo esse tempo na mesma sala ajuda a criar atitudes passivas durante as aulas.

Portanto, é importante que os professores conheçam os recursos disponíveis e o espaço da escola. Dar aula nos laboratórios, pátio, salas de televisão e outros locais abertos costuma incentivar bastante a criatividade e a participação dos estudantes.

Sala de aula invertida

A sala de aula invertida é um recurso para aplicação de metodologia ativa de ensino que está sendo muito utilizada nos últimos anos. Isso porque ela consegue oferecer modificação na forma de aprendizado e oportunizar participação real dos estudantes.

Inverter a sala de aula é propor aos estudantes que estudem os conceitos dos conteúdos em casa e façam as atividades em sala de aula, ao contrário do que costuma ser feito em metodologias tradicionais.

Assim, é possível que os jovens ganhem em possibilidades de pesquisas e construção ativa do conhecimento e que o professor assuma o papel de mediador, tirando dúvidas, propondo situações-problemas e desenvolvendo debates sobre o tema. 

Com a sala de aula invertida, é preciso tomar cuidado para não modificar somente o nome de atividades tradicionais. Pedir ao estudante que pesquise e estude conceitos em casa, mas aplicar atividades tradicionais sem desafios ou resolução de problemas na sala de aula não modifica, em si, o processo.

Portanto, é importante que as estratégias em sala também sejam ativas como a fase de estudos em casa para que a sala de aula funcione da forma como se espera.

Leia também este texto para saber mais sobre a sala de aula invertida.

 

Esses são somente alguns exemplos de recursos que podem ser utilizados para desenvolver metodologias ativas, mas o professor e a instituição escolar poderão definir outros, de acordo com a realidade escolar e com o Projeto Político Pedagógico da instituição.

O mais importante é ter em mente quais os objetivos da educação e realmente buscar, por meio dos recursos, oportunidades de ensino e aprendizado nas quais os estudantes façam parte ativamente. Nesse caminho, a gestão pedagógica e o planejamento fazem toda a diferença para o trabalho em sala de aula!

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