
Práticas Pedagógicas
Taxonomia de Bloom na prática: como se conecta à BNCC e ao planejamento das aulas
Publicado em 10 de setembro de 2025
Planejar boas aulas não é apenas escolher conteúdos: é definir objetivos de aprendizagem claros, pensar em estratégias intencionais e garantir avaliações coerentes. Uma das ferramentas mais eficazes para isso é a Taxonomia de Bloom. Ela organiza a complexidade do pensamento humano e ajuda a transformar as metas da BNCC em resultados pedagógicos consistentes.
Neste artigo, você vai entender melhor:
- O que é a Taxonomia de Bloom.
- Como aplicar a Taxonomia de Bloom na prática.
- Como a Taxonomia de Bloom se conecta à BNCC.
- Qual é a importância dos verbos de comando para a Taxonomia de Bloom?
- Quais são os seus principais objetivos?
Continue a leitura!
O que é a Taxonomia de Bloom?
A Taxonomia de Bloom é uma teoria criada pelo educador Benjamin Bloom em 1956. Com ela, é possível classificar os objetivos educacionais de acordo com os níveis de complexidade cognitiva. A revisão de Anderson e Krathwohl (2001) atualizou essa estrutura e a tornou ainda mais prática para escolas.
Ela se organiza em seis níveis de aprendizagem no domínio cognitivo:
- Lembrar – recuperar conhecimentos básicos.
- Entender – construir significado a partir de conteúdos.
- Aplicar – usar o conhecimento em novas situações.
- Analisar – decompor, relacionar e identificar padrões.
- Avaliar – julgar com base em critérios e evidências.
- Criar – gerar soluções, ideias e produtos originais.
O domínio cognitivo faz parte dos três domínios da aprendizagem identificados por Bloom. São eles:
- Cognitivo: foco principal da taxonomia, relacionado ao pensamento e raciocínio.
- Afetivo: ligado a valores, atitudes e engajamento.
- Psicomotor: voltado às habilidades motoras e execução prática.
Esses três domínios reforçam que a educação não se resume apenas a conteúdo, mas envolve também emoções, atitudes e habilidades práticas.
Quais são os objetivos da Taxonomia de Bloom?
Muitas vezes, fala-se nos três objetivos da taxonomia, que são:
- Organizar objetivos educacionais em níveis claros de complexidade.
- Guiar o planejamento pedagógico com intencionalidade.
- Apoiar a avaliação coerente com os resultados esperados.
Em resumo, os objetivos da Taxonomia são:
- Especificar o que os estudantes devem aprender.
- Garantir progressão cognitiva.
- Definir os objetivos de aprendizagem de forma observável.
- Integrar ensino, aprendizagem e avaliação.
Como aplicar a Taxonomia de Bloom na prática?
Aplicar a Taxonomia de Bloom no planejamento pedagógico é um processo simples, mas poderoso. Veja o passo a passo:
- Definir os objetivos de aprendizagem
Use verbos de ação claros e evidências observáveis.
Exemplo: “O estudante será capaz de comparar argumentos pró e contra a energia nuclear e justificar sua posição por escrito” (Analisar/Avaliar).
- Escolher estratégias adequadas a cada nível
Lembrar/Entender: quizzes, leitura guiada, mapas mentais.
Aplicar: estudos de caso, simulações.
Analisar: debates estruturados, investigação de fontes.
Avaliar: júri simulado, revisão por pares.
Criar: projetos, protótipos, ensaios autorais.
- Planejar a progressão cognitiva
Do básico (Lembrar/Entender) até a autoria (Criar).
- Alinhar objetivos e avaliação
Avaliar sempre o mesmo tipo de pensamento pedido no objetivo.
- Utilizar rubricas e dados
Para acompanhar a evolução e ajustar práticas pedagógicas.
Assim, é possível aplicar a Taxonomia de Bloom na prática e transformar a sala de aula em um ambiente de aprendizagem progressiva e intencional.
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Como a Taxonomia de Bloom está presente na BNCC?
A BNCC define competências e habilidades que orientam o trabalho pedagógico. A Taxonomia de Bloom ajuda a traduzir essas habilidades em objetivos observáveis e instrumentos de avaliação coerentes.
Exemplo:
- Habilidade BNCC (Língua Portuguesa, Ensino Fundamental – Anos Finais): “Analisar a construção de argumentos em textos de opinião”.
- Objetivo com Bloom: “Comparar a qualidade de argumentos em dois artigos de opinião e justificar qual apresenta evidências mais robustas”.
Ao conectar BNCC e Taxonomia, a escola garante clareza, progressão e dados pedagógicos confiáveis.
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Qual é a importância dos verbos de comando para a Taxonomia de Bloom?
Os chamados verbos cognitivos orientam professores na formulação de objetivos. Veja alguns exemplos por nível:
- Lembrar: listar, identificar, nomear, reconhecer.
- Entender: explicar, resumir, comparar, interpretar.
- Aplicar: resolver, usar, implementar, praticar.
- Analisar: categorizar, investigar, relacionar, examinar.
- Avaliar: justificar, argumentar, criticar, defender.
- Criar: elaborar, compor, planejar, inventar, propor.
Esses verbos funcionam como guia prático para definir os objetivos de aprendizagem e garantem coerência entre planejamento, ensino e avaliação.
A Taxonomia de Bloom não é apenas um conceito teórico. Ela é uma ferramenta de gestão pedagógica que organiza objetivos educacionais. E não só isso: dá suporte à BNCC e ajuda professores a acompanhar a evolução real dos alunos nos diferentes níveis de aprendizagem.
No Poliedro Sistema de Ensino, acreditamos que os domínios cognitivo, afetivo e psicomotor precisam caminhar juntos. Assim, formamos estudantes críticos, criativos e preparados para os desafios do futuro.
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